O Centro Socioeducativo de Uberaba (CSEUR) está sendo alvo de uma denúncia de maus-tratos. A situação foi comunicada a reportagem através de uma mãe. Segundo a mulher, os jovens do centro estão sofrendo agressões, além do local estar infestado com ratos.
A mãe de um adolescente de 17 anos, explicou que tomou conhecimento da situação na manhã de terça-feira (1), durante uma visita. “Os agentes estão entrando nas celas dos meninos e estão batendo. Lá está cheio de ratos, os jovens estão com feridas, não tem assistência para eles. Falei para a assistente social que eles estão batendo neles”, acusou.
Ainda segundo a mãe, esta foi à primeira visita dela no local. “Meu filho contou que hoje cedo os agentes entraram na cela e deram dois tapas na cara dele. Também tiraram o colchão dele ontem e deixaram ele dormir no chão duro e frio!”, narrou indignada.
A mulher também pontuou que outras mães foram comunicadas pelos filhos sobre a situação, que ocorre também com outros internos. “Todo estão passando por isso e eles não podem fazer nada, não podem pedir assistência, porque eles entram na cela e batem”.
A mãe ainda chegou a questionar os funcionários: “Você não tem preparação e nem estrutura para ajudar, cuidar, trabalhar junto com o adolescente, então é melhor ir embora, eles já estão ali pagando pelo que fizeram e já tem as normas da casa, tem os comunicados”. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança de Minas Gerais (Sejusp) e pediu um posicionamento sobre a questão. “A Sejusp esclarece que não há denúncias de agressão formalmente registradas sobre o Centro Socioeducativo de Uberaba (CSEUR). A unidade não realizou recentemente nenhuma contenção que fosse necessário o emprego de força física ou entrada nos alojamentos”, afirmou.
A Secretaria também pontuou que não procede a informação sobre infestação de ratos no local. “O CSEUR realiza dedetização de insetos e roedores duas vezes por mês, além de limpeza diária em todas as dependências da unidade, com inspeção nos alojamentos dos adolescentes”.
A Sejusp ainda ressalta que: “não compactua com qualquer desvio de conduta de seus servidores e que toda a ação inadequada, quando devidamente formalizada, é apurada com o rigor e a celeridade exigidos, respeitando sempre o direito à ampla defesa e ao contraditório”.