Pela primeira vez, os eleitores com deficiência visual poderão ouvir o nome do candidato após digitar o número correspondente na urna eletrônica. Trata-se do recurso de sintetização de voz, tecnologia que transforma texto em som e simula como se a máquina fizesse o papel de uma pessoa lendo o conteúdo de algum documento.
Até as últimas eleições, a urna emitia somente mensagens pré-gravadas que indicavam ao eleitor com esse tipo de deficiência o número digitado, o cargo para o qual estava votando e as instruções sobre as teclas “Confirma”, “Corrige” e “Branco”. Como as mensagens eram gravadas previamente em estúdio e havia muitas substituições na lista de candidatos, antes não era possível gravar os nomes de todos os concorrentes.Para utilizar a nova tecnologia de sintetização de voz na hora de comparecer às urnas, o eleitor precisa informar o mesário sobre a deficiência visual. Assim, o colaborador da Justiça Eleitoral habilitará o recurso e entregará fones de ouvido para garantir o sigilo do voto.
Mesmo habilitada, a urna não iniciará a votação de imediato, permanecendo estática em uma tela com orientações sobre como votar. Além disso, enquanto a votação não for iniciada, o eleitor terá a possibilidade de fazer a regulagem do áudio, sendo permitido aumentar ou diminuir o volume.