A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta terça-feira (15), que mais 5 mil voluntários participem da fase 3 do estudo clínico da vacina de Oxford no Brasil. Com essa permissão, o país terá 10 mil voluntários participantes da última etapa de testes do imunizante desenvolvido pela universidade em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.
Segundo informações da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o recrutamento de voluntários e a aplicação da vacina acontecerão em Natal (RN), pelo Centro de Pesquisas Clínicas de Natal (CPCLIN), em Porto Alegre (RS), pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e em Santa Maria, também no estado gaúcho, pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Não haverá uma divisão exata do número de voluntários em cada local. Será feito livre recrutamento, até que se alcance o número de 5 mil selecionados. Podem participar do estudo adultos acima de 18 anos que sejam:
A novidade é que agora não há mais limite de idade.“Incluímos nessa fase pessoas que sabidamente têm risco mais elevado de complicações da Covid-19 e, assim, o estudo pode refletir ainda mais a realidade. Isso, além de ampliarmos bastante o número de participantes, o que dará ainda mais robustez na análise de dados relacionados à segurança e eficácia da vacina”, afirma a professora Lily Weckx, coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie/Unifesp), responsável por liderar o estudo da vacina de Oxford no Brasil.
Com a autorização da Anvisa, a partir de hoje os centros participantes podem iniciar o processo de recrutamento desses novos 5 mil voluntários. Como já acontece com os outros 5 mil já recrutados, todos receberão duas doses da vacina e serão acompanhados de perto pelos pesquisadores.
No sábado (12), a AstraZeneca anunciou a retomada geral dos testes, que haviam sido suspensos, mas não detalhou as conclusões sobre o caso de supostos efeitos adversos em uma voluntária.