Começaram nesta terça-feira (22) os debates dos chefes de estado e governo na Assembleia Geral das Nações Unidas, evento que marca os 75 anos da ONU. Em discursos transmitidos ou pré-gravados de cada país por causa da pandemia do novo coronavírus, os líderes comentaram os esforços para debelar a Covid-19 e trocaram críticas sobre sanções, armamentos químicos e nucleares e ações militares.
Como ocorre tradicionalmente, o Brasil abriu os debates, com o discurso do presidente Jair Bolsonaro. Na declaração, também gravada, o brasileiro disse que o Brasil é 'vítima' de 'brutal campanha de desinformação' sobre Amazônia e Pantanal.Em seguida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teceu duras críticas à ação da China e da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a condução da crise sanitária. O presidente chinês, Xi Jinping, que discursou logo depois, condenou o que chamou de "politização da pandemia" e disse que não quer "guerra quente ou fria" com nenhum país.
Lideranças de outros países considerados chave no jogo geopolítico mundial, como Rússia, Irã e França, também discursaram nesta tarde.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, exaltou a Sputnik V como a "primeira vacina registrada" contra a Covid-19 no mundo — embora o projeto tenha recebido críticas pela falta de transparência na publicação dos dados das pesquisas e pela velocidade do resultado considerada incompatível.