O Auxílio Emergencial trouxe um alívio - ao menos momentâneo - para o caixa da maioria dos estados. Com o benefício, responsável por impulsionar o consumo no país nos últimos meses, 14 governadores observaram uma melhora na arrecadação do principal tributo estadual, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Em alguns estados, o ganho de arrecadação com o ICMS nos meses analisados chegou a superar 10% na comparação com o mesmo período de 2019, mostra um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) e pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
De tudo o que é arrecadado diretamente pelos estados, o ICMS é responsável por cerca de 80%.
O estudo compara os dados de julho e agosto deste ano com o mesmo período de 2019. Os números já foram corrigidos pela inflação e abrangem os meses em que reabertura da economia começou a ser mais intensa em todo o país.
Embora o país enfrente dificuldades econômicas por causa da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, o Auxílio Emergencial deu um fôlego para o orçamento dos brasileiros, sobretudo os de menor renda, e se traduziu em aumento de consumo.
O impacto do auxílio tem ficado evidente nos indicadores do país. Em agosto, por exemplo, as vendas do varejo cresceram pelo quarto mês seguido e já eliminaram as perdas com a pandemia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Até o fim do ano, a União deve desembolsar R$ 322 bilhões com o benefício.