A polícia foi acionada para comparecer ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), na madrugada de domingo (18), após um menino de seis anos ser internado com sinais de maus-tratos.
A médica da equipe relatou que a criança deu entrada no Pronto Socorro em estado gravíssimo, sendo necessário entubá-lo. A vítima apresentava um hematoma na perna direita, dificuldade para respirar, baixo peso e aparentava sinais de maus-tratos. Relatou ainda que, preliminarmente, não é possível definir o que causou o estado gravíssimo do paciente, sendo necessário realizar outros exames.
A mãe da criança deixou o menino no Pronto Socorro e em seguida deixou o local, sem prestar nenhum esclarecimento. Segundo o pai da vítima, ele não via a criança há cerca de dez dias e não soube dizer o que aconteceu e nem informar o paradeiro da mãe. Ele ainda contou que recebeu uma mensagem da autora via messenger dizendo que o menino estava internado no hospital e que era para ele ir até lá, pois o estado era grave.
O pai relatou ainda que, ao chegar no hospital, encontrou a mãe da criança, que lhe disse: "Não consigo suportar essa situação! Fica aí que eu estou indo embora". Ela teria contado também que o menino estava brincando em um "pula pula" e se machucou, por isso estava com um hematoma na perna direita. A guarnição não conseguiu localizar a mãe.
Segundo o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), o pai da criança repassou dados da mulher e a polícia realizou uma pesquisa no sistema. Verificou-se que ela é reincidente na prática de maus-tratos contra os próprios filhos.