Os governos da Alemanha e da França anunciaram nesta quarta-feira (28) um lockdown parcial para conter a segunda onda do novo coronavírus nos dois países. A Europa vive um aumento rápido dos casos de Covid-19, considerada uma segunda onda da pandemia.
ALEMANHA
O governo alemão determinou o fechamento de bares, restaurantes e outros estabelecimentos a partir de segunda-feira (2). Comércios e escolas abrirão, mas as autoridades reforçaram as recomendações para que as pessoas permaneçam em casa. Além disso, os encontros sociais ficam limitados a até 10 pessoas de famílias diferentes.
Em reunião com autoridades locais, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que os números da Covid aumentaram rápido demais no país e que o nível dos contágios fugiu de controle.
A decisão foi tomada depois que autoridades de saúde alemãs registraram quase 15 mil novos casos em 24 horas — o maior número de diagnósticos diários no país desde o início da pandemia. São mais de 449 mil casos de Covid-19 desde o começo da crise sanitária na Alemanha.
Segundo o governo alemão, os hospitais do país ainda têm capacidade de lidar, em número de leitos, com os infectados pela doença. Porém, há o temor de que a ocupação hospitalar se torne um problema nas próximas semanas.
FRANÇA
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou a retomada de medidas como o fechamento de bares, restaurantes e comércios e a volta da exigência de atestados para que as pessoas possam circular nas ruas. As escolas até o ensino médio permanecem abertas, mas deverão seguir protocolos que ainda não fora divulgados.
Além disso, o governo determinou que o país dará foco total a obras públicas e à produção industrial para evitar um tombo ainda maior na economia. As autoridades, no entanto, pedem que as empresas favoreçam o trabalho de dentro de casa.
O comércio, segundo o presidente, poderá reabrir em 15 dias caso as autoridades avaliem que as primeiras semanas do lockdown deram bons resultados.
Em pronunciamento na televisão, Macron avaliou que o impacto da segunda onda da Covid-19 será pior do que o primeiro pico da doença no país, entre março e abril.