A Boeing obteve nesta quarta-feira (18) aprovação da Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos para retomar os voos de seu jato 737 MAX após quase 2 anos de suspensão devido a dois acidentes que deixaram 346 mortos.
O chefe da FAA, Steve Dickson, assinou uma ordem suspendendo a proibição de voos e a agência divulgou uma diretriz de aeronavegabilidade detalhando as mudanças necessárias, informa a Reuters.
As ações da Boeing saltavam cerca de 6% depois do anúncio, segundo a Reuters.
A aeronave não voltará a voar de forma imediata em todo mundo, já que as autoridades do setor aéreo de outros países decidiram realizar suas próprias certificações.
O chefe da FAA afirmou estar "100% confiante" na segurança do Boeing 737 MAX, mas disse que a fabricante do avião tem mais a fazer para melhorar sua cultura de segurança.
"Fizemos o que é humanamente possível para garantir que esses tipos de acidentes não voltem a acontecer ", disse Dickson à Reuters, acrescentando que mudanças no design e software da aeronave tornaram o avião seguro para voltar a operar.
A FAA está exigindo um novo treinamento de pilotos e atualizações de software para lidar com um sistema de prevenção do estol (ou perda de sustentação) chamado MCAS, que em ambos os acidentes repetidamente empurrou o nariz do jato para baixo enquanto os pilotos lutavam para recuperar seu controle, destaca a Reuters.
O CEO da Boeing, David Calhoun, afirmou que a decisão constitui "uma etapa importante".
A decisão da FAA ocorre no momento em que outros reguladores globais também se aproximam das decisões sobre permitir que o avião volte a operar.