Ao visitar o Amapá neste sábado (21), no 19º dia de crise energética que afeta 13 das 16 cidades, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) fez breves cerimônias para ligar os geradores termoelétricos contratados para restabelecer a energia ao estado. Ele chegou ao aeroporto de Macapá pouco depois das 15h.
Bolsonaro integrou uma comitiva com diversas autoridades. Contratados para suprir a necessidade de consumo do estado, mesmo que provisoriamente, com a ativação de 45 megawatts de energia, os equipamentos foram montados na subestação Santa Rita, na capital Macapá, e noutra no município vizinho, Santana. Nas visitas aos locais, o presidente ligou os geradores.
É a primeira agenda de Bolsonaro no Amapá após os dois blecautes totais que atingiram o estado; um no dia 3, que levou 4 dias para ter o fornecimento retomado mesmo que parcialmente, e outro na última terça-feira (17), que foi ajustado em cerca de 5 horas. Há investigações abertas em órgãos federais e estaduais para explicar as causas.
A visita do presidente foi anunciada na quinta-feira (19), em meio a pedidos para afastamento dos diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) - que foi negado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região.
A comitiva que acompanha o presidente é composta pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general da reserva Augusto Heleno; pelo presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM/AP); pelo governador do Amapá, Waldez Góes (PDT); e outras autoridades.
A expectativa é que Bolsonaro aproveite a viagem para assinar a medida provisória que estabelece uma ajuda social — por meio da isenção do pagamento da conta de energia elétrica — para os consumidores do estado afetados pelo apagão. A assinatura não foi incluída na agenda oficial até o fim da manhã deste sábado.
Nas últimas 3 semanas, o amapaense conviveu com parte do dia sem energia, já que foi estabelecido um sistema de rodízio e racionamento por regiões. Foi necessário manter novos hábitos em casa e no trabalho, até mesmo porque o cronograma nem sempre era cumprido.
Muitos moradores ficaram temerosos com a perda de eletrônicos com os desligamentos e retomadas da luz em horários fora do rodízio. Dormir também foi um privilégio.