A Justiça aceitou nesta semana a denúncia do Ministério Público (MP) e tornou ré a mulher que aparece em vídeos nas redes sociais ofendendo e agredindo funcionários e clientes de uma padaria na Zona Oeste de São Paulo, no dia 20 de novembro.
Lidiane Brandão Biezok, de 45 anos, é acusada pela promotora Martha de Camargo Duarte Dias de ter cometido injúria racial, lesão corporal e homofobia contra as vítimas. Em entrevista à TV Globo, a mulher, que está em prisão domiciliar, pediu desculpas e alegou que sofre de bipolaridade e depressão.
Mesmo assim, em sua decisão, a juíza Carla de Oliveira Pinto Ferrari, da 20ª Vara Criminal, no Fórum da Barra Funda, determinou na terça-feira (1º) que Lidiane continue respondendo aos três crimes presa em casa. A mulher teve a prisão em flagrante convertida por decisão judicial, após alegar que possui "problemas psiquiátricos". Desde então está detida preventivamente dentro do apartamento onde mora com os pais.
A magistrada também negou o pedido da defesa da acusada para autorizar a instauração de um incidente de insanidade mental em Lidiane. De acordo com seu advogado Victor Martinelli Paladino, a mulher pode ter tido um surto psicótico no dia que foi filmada xingando e batendo em clientes e empregados da padaria Dona Deôla, em Perdizes, bairro nobre da capital.
A juíza marcará uma data para ouvir Lidiane, seu advogado, a promotora e as vítimas numa audiência. Posteriormente, a magistrada decidirá se tem elementos para julgar a mulher pelos crimes e dará uma sentença: a condenando, absolvendo ou arquivando o caso.