O Alto consumo de oxigênio no Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, causou uma sobrecarga em uma das unidades geradoras do hospital, que enfrentou uma queda na distribuição do produto. A informação foi confirmada pela direção do hospital em nota, divulgada neste domingo (24).
O hospital do Juruá está com 75% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atendimento de pacientes com Covid-19 ocupados. Ao todo, são 20 leitos de UTI e 15 estavam ocupados, segundo o último boletim de assistência da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), divulgado no sábado (23). No total, o hospital está com 53 leitos de enfermaria, clínicos, pediátricos e obstétricos ocupados.
Em nota, após denúncia, a Associação Nossa Senhora da Saúde (Anssau), responsável pela administração do hospital, informou que houve a sobrecarga que acarretou em uma falha operacional no consumo de oxigênio, mas que não houve falta do produto.
"Em face do significativo número de pacientes internados nos últimos cinco dias com diagnóstico de Covid-19, tanto na enfermaria como na UTI, houve um aumento de modo exponencial no consumo de oxigênio medicinal, o que causou sobrecarga em uma das unidades geradoras (usina) fazendo com que a mesma apresentasse uma falha operacional. Tal falha resultou na diminuição da produção de oxigênio, o que gerou vários comentários sobre uma possível falta do produto na unidade hospitalar o que não corresponde com a verdade."
A direção informou ainda que técnicos do hospital foram acionados e que o problema já foi solucionado. Além disso, o hospital reafirma que não teve falta de oxigênio.
"Tão logo foi constatada a falha acima descrita, os técnicos da área afim compareceram no hospital e tomaram todas as medidas necessárias para solucionar o problema. Assim, esclarecemos que houve uma diminuição na produção e não falta de oxigênio e que tal diminuição não compromete o tratamento de nossos pacientes. Informamos ainda que a retomada em uma produção maior de oxigênio está prevista para os próximos dias mediante a instalação de uma nova unidade geradora", acrescenta.
O problema no Acre assustou familiares de pacientes, por causa do colapso vivido no estado do Amazonas quando há mais de uma semana, enfrenta a falta de oxigênio que resultou na transferência de pacientes para outros estados, inclusive o Acre.
A transferência de pacientes do estado vizinho ocorre por conta da falta de oxigênio em unidades de saúde do estado do Amazonas. A capital amazonense vive um colapso com hospitais sem oxigênio, doentes levados a outros estados, cemitérios sem vagas e toque de recolher.