O organismo de controle de medicamentos da Argentina aprovou, nesta terça-feira (9) o uso da Covishield, a vacina contra a Covid-19 do laboratório indiano Serum Institute.
A vacina usa a tecnologia do laboratório AstraZeneca e da Universidade de Oxford, cujo imunizante foi aprovado na Argentina em 30 de dezembro.
É a mesma vacina que tem sido aplicada no Brasil. Um lote de dois milhões chegou ao Brasil no fim de janeiro.
A autorização, com caráter de emergência, tem a assinatura do ministro da Saúde, Ginés González García.
A Argentina concedeu a aprovação para a vacina Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya, em 23 de dezembro e ampliou em janeiro sua aplicação para pessoas com mais de 60 anos.
A Sputnik V é até agora a única vacina que o país tem para sua campanha de imunização voluntária, iniciada em 29 de dezembro.
Ao contrário da vacina russa, a Covishield pode ser armazenada em temperaturas padrão.
O decreto destaca que a Covishield "resulta do desenvolvimento do processo de produção realizado pelo Serum Institute of India em colaboração com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca no contexto de uma transferência de tecnologia".
O decreto indica que "não foram apresentados eventos adversos graves nem foram identificadas diferenças significativas na eficácia observada nos diferentes grupos etários que participaram dos testes clínicos".
A Argentina contabiliza desde março do ano passado quase 1 milhões de casos e cerca de 50 mil mortes por Covid-19, em uma população de 44 milhões de pessoas.
O país recebeu até o momento 820 mil doses da Sputnik V.
O governo tem contratos de fornecimento de vacinas contra a Covid-19 que alcançam 62 milhões de doses de diversos laboratórios, anunciou o ministro Ginés González recentemente.
O ministro explicou que a Argentina tem acordos para receber 30 milhões de doses da Sputnik V, 23,6 milhões da AstraZeneca e nove milhões por meio do mecanismo Covax, uma iniciativa internacional para garantir uma distribuição justa dos recursos contra a Covid-19.
Com os números, Ginés Gonzáles afirmou que o governo espera imunizar toda a população argentina com mais de 18 anos.