Se já tínhamos vários motivos para reforçar os cuidados contra o coronavírus, agora temos mais um: a variante britânica pode ter chegado a Minas Gerais. Cientistas suspeitam que a cepa seja mais transmissível e esteja relacionada à alta de casos de Covid-19. Pesquisadores de Universade Federal de Minas Gerais (UFMG) sequenciam o genoma do vírus em Minas e observaram sinais da mutação nas amostras mineiras. As informações são do jornal O Tempo.

“Já havíamos sequenciado genomas de Minas antes do momento da primeira onda, em 2020, e agora voltamos a sequenciar amostras mais recentes, de dezembro e janeiro. Será um trabalho contínuo, não só para rastrear variantes que foram identificadas em outros lugares, mas também para identificar se alguma nova surgir”, diz o virologista e professor da UFMG Renato Aguiar, coordenador da iniciativa, que é apoiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pelo Ministério da Saúde como parte do Corona-ômica, projeto de sequenciamento do vírus.

Aguiar ainda aponta que resultados preliminares obtidos pelos colegas sugerem que, além da variante do Reino Unido, a sul-africana também pode estar circulando em Minas Gerais. Contudo, ainda não há provas concretas para tanto. Isso porque é necessário avançar no sequenciamento para confirmar que as variantes internacionais já circulam pelo estado. Além do sequenciamento, ele diz que a UFMG iniciará um projeto para avaliar a resposta imunológica de pessoas vacinadas ou curadas da Covid-19 contra as novas variantes.

Vale a menção de que, por enquanto, a variante de Manaus ainda não foi descoberta em solo mineiro, o que para nós, em Uberaba, é um alívio, já que 18 manauaras receberam tratamento contra a Covid-19 no Hospital Regional. O rupo sequencia material de cerca de 50 amostras mensais, atualmente, e pretende chegar a cem. A Fundação Ezequiel Dias (Funed) também faz trabalo similar com intuito de auxiliar o Ministério da Saúde no sequenciamento de 300 amostras, inclusive as obtidas em Uberaba.