Tragédia abalou a cidade de São Francisco, no Norte de Minas, nesta terça-feira (13). Uma menina de apenas um ano e dois meses morreu afogada em uma caixa d’água no quintal da casa da família. A criança brincava quando possivelmente se desequilibrou e caiu.

Segundo informou a Polícia Militar, a mãe da menina teria saído para trabalhar na manhã de ontem e deixou a criança em casa na companhia de uma conhecida, que também tem um filho de mesma idade. Testemunhas relataram à corporação que as duas crianças brincavam no quintal e entraram no reservatório. Pouco depois, o menino saiu e foi em direção à residência, momento em que a mulher percebeu que a menina havia se afogado.

Ela conseguiu retirar a criança da água e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), recebendo orientação sobre os procedimentos de reanimação da criança enquanto a ambulância se deslocava até o endereço. A Polícia Militar também foi acionada e conduziu a criança até o pronto-socorro do hospital municipal. Contudo, a menina já chegou à unidade sem vida.

A fatalidade aconteceu exatamente dez anos após o corpo de um homem ter sido encontrado dentro de caixa d’água da Copasa, que é a companhia que abastece a cidade de São Francisco. O caso, à época, se tornou um verdadeiro mistério e ganhou repercussão nacional, levando pânico à população, já que o corpo se desintegrou na água enviada para as torneiras dos consumidores.

A Copasa, na ocasião, sustentou que o cloro e outros produtos usados no tratamento da água eliminam qualquer tipo de germe e que, por isso, o corpo não teria contaminado a água distribuída. A companhia ainda alegou que o reservatório é grande, com cerca de 3 milhões de litros, o que amenizou o problema.

O corpo do homem só foi identificado um ano depois, após longo trabalho de investigação, e pertencia a morador da cidade de 38 anos que sofria de problemas mentais e estava desaparecido.