Prefeita Elisa Araújo (Solidariedade) pode ser alvo de mais quatro pedidos de impeachment. A revelação foi feita pela própria chefe do Executivo na manhã desta quarta-feira (2), em entrevista à Rádio JM.
Elisa manifestou que não foi surpreendida pelo pedido de afastamento protocolado na semana passada para a análise da Câmara Municipal, pois recebeu previamente ameaças sobre a apresentação da denúncia.
"Sei que estou sendo extremamente vigiada. Essa questão do pedido de cassação me foi ameaçado lá atrás. Foi colocado pra mim que virão mais quatro. Então, estou preparada", disse, posicionando que a manobra é articulada por adversários políticos.
De acordo com a prefeita, a equipe jurídica da Prefeitura já teve acesso ao conteúdo integral da primeira denúncia protocolada na Câmara Municipal e deverá apresentar ainda hoje uma defesa prévia contra as acusações feitas ao Legislativo.
O pedido de afastamento alega que aditivos acima do limite legal de 25% foram feitos em contratos da Secretaria de Serviços Urbanos. Questionada, Elisa negou que a situação. Segundo ela, houve aditivo de 19% no ano passado, mas na atual gestão houve somente reajustes de 2% e 3%.
"Não ultrapassou dos 25% [que é o limite legal permitido]. Não procede [a acusação]", afirmou.
Além disso, a chefe do Executivo ressaltou que os contratos citados no pedido de impeachment são do governo passado. O único firmado na atual gestão é referente à manutenção dos cemitério. Neste caso, a denúncia apresentada ao Legislativo é que o valor oferecido pela empresa seria inexequível, o que resultaria em altos reajustes financeiros no futuro.
Entretanto, a prefeita posicionou que a empresa contratada está sendo fiscalizada e, se não conseguir executar o serviço conforme o previsto, será retirada pela Prefeitura.
Segundo Elisa, todas as respostas aos questionamentos feitos à Câmara serão apresentadas com detalhes na defesa prévia em fase final de elaboração pela Procuradoria Geral do Município.