A juíza Nearis dos Santos Carvalho, da 3ª Vara Criminal de Niterói (RJ), deu 48 horas para que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), ré pelo assassinato do ex-marido Pastor Anderson do Carmo, justifique por que supostamente descumpriu o monitoramento por tornozeleira eletrônica.
A deputada responde às acusações de homicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, emprego de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima –, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.
Em despacho assinado na tarde desta terça-feira (29), a magistrada determinou que Flordelis esclareça por que, entre os dias 19 e 21 de maio, a deputada supostamente omitiu que a cinta que prende a tornozeleira ao pé estava rompida.
Conforme relatado no texto, a violação do equipamento ocorreu às 10h13 e do dia 19, mas Flordelis só teria procurado a Secretaria de Administração Penitenciária no dia 20, às 11h13. No mesmo dia 20, Flordelis teria conseguido agendar a reinstalação da tornozeleira, às 14h10.
Também no despacho, a magistrada determinou Flordelis seja intimada pessoalmente sobre os pedidos de esclarecimento, em 24 horas. O comunicado deve ser feito inclusive por aplicativo de mensagem.