A capital paulista contabiliza nesta segunda-feira (20) 17 casos confirmados da variante ômicron do coronavírus. Os quatro novos casos foram identificados por meio de sequenciamento realizado pelo Instituto Butanan com base em amostras enviadas pela Secretaria Municipal da Saúde, segundo o secretário Edson Aparecido.
Segundo os dados da Secretaria Estadual da Saúde, são 20 casos confirmados: os 17 da capital mais três registrados no interior.
Na sexta-feira (17), o município de São Paulo confirmou a transmissão comunitária da variante ômicron.
O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse na manhã desta segunda que o governo vai manter a obrigatoriedade do uso de máscaras para todos ambientes, externo e internos, até o fim de janeiro.
No final de novembro, o governador iria liberar a obrigatoriedade do uso da máscara em ambientes externos a partir do dia 11 dezembro, mas recuou e desistiu após o surgimento da variante ômicron.
Jean também disse que se a Pfizer não liberar doses da vacina para crianças do estado de São Paulo, vai judicializar a questão e acionar o Supremo Tribunal Federal (STF), já que o estado possui autonomia para conter a epidemia. A declaração foi dada em entrevista à GloboNews.
"Na última sexta-feira conversamos com a presidente da Pfizer que disse que a prioridade seria o governo federal. Só que nós não aceitamos essa posição. Se até hoje, no período da tarde, a sua presidente no Brasil, Marta Diez, não se manifestar no sentido de autorizar a venda de 9 milhões de imunizantes para nossas crianças, nós estaremos judicializando no Supremo Tribunal Federal essa decisão para que dessa forma a proteção á vida seja mantida."
O governador João Doria (PSDB) havia divulgado, na sexta-feira (17), que São Paulo iria negociar diretamente com a farmacêutica a compra da vacina contra Covid-19 destinada a crianças do estado, mas a Pfizer anunciou que pretende continuar as negociações de vacina contra a Covid-19 diretamente com o governo federal, com quem tem contrato ainda ativo para o fornecimento de mais 100 milhões de doses.
Segundo a farmacêutica, o último contrato firmado com a União é de 29 de novembro e “engloba o fornecimento de novas versões da vacina, inclusive para diferentes faixas etárias”.
De acordo com o secretário, trata-se de "uma emergência sanitária", já que morreram 2,5 mil crianças de 0 a 9 anos de Covid-19.