domingo, 27 de abril de 2025
Visando conter a escalada de casos de síndrome gripal, a Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba – Funepu vai restringir novamente as visitações a pacientes internados nas unidades de pronto atendimento da cidade. A medida foi anunciada nesta quarta-feira (5) e já começa a valer a partir de amanhã. Além disso, outras medidas também estão sendo colocadas em prática, como a readequação do espaço físico e a contratação de mais médicos, conforme o Jornal da Manhã adiantou.
Entre as mudanças na rotina das duas unidades está a suspensão das visitas e do acesso de acompanhantes. Nesse último caso, a exceção vale para pacientes idosos com demência, restrição na mobilidade, baixa acuidade visual ou auditiva e também para menores de 18 anos. Há restrição também nos horários de trocas dos acompanhantes, podendo ser realizadas das 7h às 10h ou das 19h às 21h. A Funepu também irá emitir boletins médicos todos os dias da semana, sempre às 11h30, com a presença de apenas um acompanhante.
“Nós decidimos voltar com essa medida, que havia sido suspensa em outubro, a partir dos altos índices de casos de síndrome gripal. Além de resguardamos a saúde dos pacientes internados nas unidades com casos clínicos, é uma forma de reduzirmos a circulação de pessoas nas UPAs neste momento que consideramos delicado”, revela Jesislei Rocha, presidente da Funepu.
Para além das restrições de acompanhantes e visitas, desde o início da semana as UPAs de Uberaba passaram a contar com reforço nos atendimentos médicos, além de nova readequação dos espaços físicos, também em consequência da alta demanda de casos de síndrome gripal.
Segundo a Coordenadora Técnica da Funepu, Keila Teles Furtado, as medidas já estavam previstas para serem implementadas, a partir do monitoramento do Comitê de Enfrentamento da Covid das UPAs. “Desde o início da pandemia, todos as nossas ações são pautadas pelas avaliações levantadas por este Comitê, que é formado por profissionais da Funepu, que fazem o acompanhamento diário dos números de atendimentos de síndrome gripal. No início de dezembro já havia uma sinalização de aumento no número de casos, em consequência das festividades de Natal e réveillon. Diante disso, reforçamos nossa equipe médica com mais três profissionais, a fim de diminuir o tempo de espera”, revela Keila.
á com relação às adequações no espaço físico, o gerente de Saúde das UPAs, Antônio Cassimiro, revela que mesmo com as limitações prediais das unidades, um estudo técnico feito pela Funepu viabilizou um melhor aproveitamento dos locais. “Além da divisão para atendimentos sintomáticos e não sintomáticos, que já havia sido implantada desde o início da pandemia, nós adaptamos uma área na UPA São Benedito para que pudesse receber mais um consultório para atendimento exclusivo de casos respiratórios. Com isso, nós aumentamos a capacidade em 20%”, destaca Cassimiro alertando para a necessidade da colaboração dos pacientes em respeitar o distanciamento social e a divisão de alas, quando da espera nas unidades.
Atendimento recorde
Segundo informações do Núcleo de Qualidade e Controle Interno da Funepu, o número de atendimentos de síndrome gripal já supera os registros de 2020/2001. “O crescimento é de 156% ao compararmos os períodos de 21/12/2020 a 04/01/2021 com 21/12/2021 a 04/01/2022. Isso mostra que as festividades de fim de ano, acompanhadas do relaxamento da população das medidas sanitárias, estão tendo um reflexo negativo nesse início de ano, o que coloca a todos nós em estado de alerta”, destaca Bruna Siqueira, integrante do Núcleo.
“É preciso que a população entenda que neste momento há uma situação crítica na cidade como um todo, onde praticamente todas as unidades hospitalares e as UPAs estão enfrentando uma demanda além do normal nestes atendimentos. Além destes atendimentos respiratórios, a Unidades de Pronto Atendimento em nenhum momento deixa de atender demais casos clínicos de urgência e emergência. Por isso, nós fazemos um apelo de que no surgimento de sintomas como tosse, coriza e mal-estar, o paciente procure primeiramente uma Unidade Básica de Saúde, mais próxima de casa. E em caso de agravamento dos sintomas, como febre e dificuldade respiratória, aí sim busque qualquer uma das UPAs”, ressalta a presidente Jesislei Rocha.
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