Corpo do homem encontrado boiando e com os pés amarrados nas águas do rio Grande, próximo aos ranchos em Volta Grande, divisa do estado de São Paulo e Minas Gerais, na quinta-feira (6), foi identificado ainda de forma extraoficial. Familiares estão sendo aguardados no IML de Franca (SP) para que seja feito o reconhecimento, mas por fotografia já disseram que se trata do mato-grossense Itamar Henrique Squiçato, de 38 anos.
O laudo pericial e do médico legista ainda não foram disponibilizados à autoridade policial que preside as investigações, mas é provável que a causa da morte seja afogamento, pois não apresentava perfurações aparentes.
O inquérito policial que investiga a morte do mato-grossense tramita na cidade de Miguelópolis (SP), mas existe a possibilidade que seja transferido para a cidade de Conceição das Alagoas (MG). Suspeita-se que o corpo tenha sido encontrado em águas mineiras e levado por pescadores para região no rio Grande que pertence a Miguelópolis.
Ele é filho de tradicionais comerciantes em Juara (MT) e tinha envolvimento com o tráfico e uso de drogas na região de Uberlândia (MG) e Uberaba. Segundo o pai do rapaz, ele estava internado em clínica de reabilitação para dependentes químicos na região de Uberaba.
A reportagem do Jornal da Manhã conseguiu informações dando conta que em Uberlândia, o mato-grossense foi recolhido para o presídio da cidade em 18 de março de 2012 e saiu em junho do mesmo ano. Ele também tem vários registros por assaltos, mas é um caso de homicídio em que ele é apontado como uma das vítimas que chama atenção.
Em 26 de outubro de 2012, três homens tentaram matar Itamar Henrique Squiçato com três tiros. Ele conseguiu se esquivar e os tiros acertaram e mataram um morador de rua desconhecido. O mato-grossense se apresentou à polícia e contou quem seriam os autores e o mandante.
Em Uberaba, Itamar Henrique Squiçato teria sido preso duas vezes: em 15 de abril de 2021, por tráfico de drogas, e em 12 de novembro de 2021, por posse de drogas para uso. Porém, ele não tem registro na penitenciária Professor Aluizo Ignácio de Oliveira.
Ainda conforme informações, existem suspeitas de que o mato-grossense tenha sido morto em um “acerto de contas” envolvendo facção criminosa voltada para o tráfico de drogas, roubos e homicídios que atua também em Uberaba.