Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (10), o secretário Estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, apresentou números atualizados da pandemia em Minas Gerais e afirmou que a tendência é que o impacto da Covid-19 no Estado permaneça em níveis estabilizados. Citando nominalmente Uberaba ao revelar que os índices da pandemia estão caindo no Estado, Baccheretti disse, no entanto, que o número de óbitos ainda deve aumentar, reflexo das internações das últimas semanas, mas que é algo já esperado, uma vez que a tendência de toda a pandemia é: aumentar quantidade de casos, depois aumentam as internações e depois os óbitos. Agora que já caíram os casos e as internações estão igualmente caindo, o próximo passo é que o número de mortes também diminua.
O pico de infecção no estado de Minas passou. Esse pico estava projetado para os dias 1º e 2 de fevereiro, o que foi confirmado com a maior média móvel, e já estamos caindo, descendo a curva. O estado é grande e, obviamente, algumas regiões não estão descendo. Estamos descendo a curva como esperado e observado em outros países”, disse ele, citando que o Triângulo Mineiro, com destaque para Uberaba e Uberlândia, bem como o Centro e o Sul são as regiões onde os índices demonstram maior arrefecimento da pandemia no Estado.
De acordo com os dados, Minas Gerais tem o menor percentual de ocupação de leitos entre todas as unidades federativas: 42%. "Estão caindo os casos, começando a cair pacientes esperando internação e daqui a duas semanas começam a cair os óbitos. Estamos com 42% dos leitos ocupados. A expectativa é que a ocupação caia a partir da semana que vem. A estratégia de manter os leitos fez com que Minas Gerais tivesse uma onda de ômicron menos grave", pondera Baccheretti.
Mais uma semana se passou e a gente observa que a queda do número de casos novos de covid é consistente. É um estado grande, é de forma heterogênea, mas em termos gerais há uma tendência de queda. Ainda temos leitos ocupados, mas em uma posição muito menor”, declarou Fábio.
Além disso, mais de 20% das crianças mineiras receberam, pelo menos, a primeira dose da vacina contra o coronavírus, o que aumenta a taxa de imunização geral. Até o momento foram recebidas 45 milhões de doses gerais pelo Ministério da Saúde, e encaminhadas cerca de 38 milhões.
Contudo, a grande preocupação é com o atraso da aplicação. Os números apresentados apontam que 2,4 milhões de pessoas ainda precisam receber a segunda dose em Minas Gerais. Deste número, cerca de 603 mil são crianças e adolescentes de 10 a 19 anos. O levantamento não revela se são apenas casos em atraso do calendário ou que também não concluíram o tempo de espera pré-determinado para cada marca.
Temos um dado importante, mais de 2 milhões de pessoas não tomaram a segunda dose e ainda muitas pessoas não tomaram o reforço. A gente vê que é cada vez mais comum internação e óbitos naqueles que não tomaram as duas doses. Precisamos reforçar a importância da vacinação”, alegou o secretário.