O pai da menina Maria Fernanda de Camargo, de 5 anos,
foi o primeiro a desconfiar do crime e a comunicar a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).De acordo com o delegado Murilo Cesar Antonini, responsável pelas investigações, a polícia tomou conhecimento do caso primeiramente através da imprensa, como um acidente doméstico envolvendo uma churrasqueira e álcool. Entretanto, o pai da vítima estranhou o comportamento da mãe, da tia e dos avós que estariam presentes nesse churrasco. Além disso, ele achou estranho que estava presente no local do fato um guia espiritual.
O delegado ainda afirma que, baseado nesses fatos, foi descartada a hipótese de um acidente doméstico. A partir de então, foi instaurado um inquérito para apurar um suposto homicídio culposo.
Ainda, ao longo das investigações, testemunhas e os médicos que atenderam a vítima foram ouvidos e, junto com informações de laudos policiais, foi concluído que a vítima teria participado de um ritual de evocação e incorporação de espíritos malignos, na companhia dos avós, da tia e da mãe. Um líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente, ateado fogo, usando uma vela e queimando-a viva.
Os suspeitos foram presos na última quarta-feira (20) e a investigação prossegue. Uma vez concluídas, o inquérito policial será remetido à Justiça.