Desocupado de 23 anos foi preso após sequestrar e manter uma jovem, de 18 anos, em cárcere privado, em um apartamento na avenida Doutor Hélio Luiz da Costa, bairro Guanabara, na madrugada dessa quarta-feira. Outros dois envolvidos, de 22 e 29 anos, foram identificados, mas não foram localizados. A jovem teria sido sequestrada depois de testemunhar a fuga dos autores de local de crime e conseguiu fugir do cativeiro após o autor que fazia sua vigia pegar no sono.
Segundo informações, a jovem procurou uma Base Comunitária da Polícia Militar e relatou que havia acabado de conseguir escapar de cativeiro onde estava sendo mantida refém. Ela informou também que aproveitou o momento em que o homem que fazia a vigia dormiu.
Para os policiais militares da 147ª Companhia/4ºBPM, a jovem relatou que, no domingo (8), estava em sua casa no Residencial 2000, quando ouviu uma perseguição de veículos na rua e uma guarnição da Polícia Militar a uma caminhonete, sendo que a viatura policial bateu próximo de sua residência.
Ainda de acordo com a jovem, os autores abandonaram a caminhonete na rua e fugiram em outra, também tomada de assalto e deixada na garagem de sua casa, momento em que foi agarrada pelos três homens, colocada em um carro e levada para o cativeiro no bairro Guanabara.
Logo após ouvirem o relato da vítima, várias equipes da Polícia Militar se reuniram e uma operação foi montada. Em seguida, o apartamento onde a moça foi mantida em cárcere privado foi cercado. Foi observado que um homem estava dentro e usava tornozeleira eletrônica.
Percebendo o cerco e a impossibilidade de fugir, o autor se entregou, foi identificado e constatado que a tornozeleira eletrônica estava sem bateria. O local tinha dois colchões no chão, algumas cordas e peças de roupas jogadas também no chão. O imóvel estava sem energia elétrica.
O desocupado confessou que realmente participou do assalto à residência, onde duas caminhonetes e outros pertences foram roubados e que a jovem teria sido sequestrada e mantida refém por ordem dos outros dois autores.
Ele também disse que o apartamento usado como cativeiro foi alugado por um dos comparsas, criminoso do Residencial 2000, também conhecido nos meios policiais por se tratar de marginal de altíssima periculosidade.
O apartamento teria sido alugado para servir de “mocó” (esconderijo de produtos de crimes e para os criminosos após crimes) por se tratar de local longe da residência dos autores no Residencial 2000.
Ele também afirmou que a jovem foi sequestrada e mantida em cárcere privado para que não os delatasse. Em seguida, o autor levou os policiais militares até as casas dos outros envolvidos, mas eles não foram encontrados.
O caso foi encaminhado à Polícia Civil para que seja instaurado inquérito policial e os demais envolvidos possam ser presos.