Uma auxiliar de esterilização, de 31 anos, disponibilizou-se a ajudar e levou a vítima para sua residência, onde conseguiu os telefones dos pais da estudante e ligou para eles. Em seguida, ela também ligou para o 190 e informou o ocorrido.

Na presença dos pais, testemunhas e policiais militares da 212ª Companhia, a vítima relatou que saiu da escola e percebeu a presença de um veículo de cor preta. Ela também viu que estava sendo seguida e que, em dado momento, foi imobilizada por um dos ocupantes e colocada à força no interior do carro.

A moça relata ainda que o carro passou por várias ruas e avenidas até chegar a uma via sem saída, onde havia uma espécie de campo cercado por placas e que pôde perceber que havia um muro com detalhes de ferro.

Também disse que chegou a perder os sentidos, mas não soube dizer o que teria ocorrido.

Ela conta que passados alguns instantes, os dois homens a abandonaram nua no cruzamento das ruas Paraíba e Doutor Sílvio Rebelo, bairro Universitário, ocasião em que sentia intensa dor na cabeça, nas costas e uma dor insuportável nas partes íntimas.

Conforme relatou, com dificuldades conseguiu vestir suas roupas, que teriam sido jogadas com ela para fora do carro preto. Foi quando ela procurou ajuda no ponto de ônibus.

A vítima estava emocionalmente abalada. Ela apresentava bastante nervosismo e oscilava entre aflição e silêncio, colocava uma das mãos constantemente nas partes íntimas e em dado momento se manteve em profundo silêncio.

A estudante foi levada para o Hospital da Mulher, onde foi submetida a inúmeros exames e avaliação médica, ficando em observação para cumprir os protocolos que o caso requer.
Policiais militares foram até o local onde a vítima afirmou ter sido abandonada e lá encontraram câmeras de segurança. Em uma das câmeras se vê que realmente se trata de um carro preto.

A jovem também afirmou que já foi seguida pelos ocupantes desse mesmo carro em datas passadas.