Uma inovação tecnológica promete agilizar a decisão dos árbitros durante a Copa, entre eles um grupo de mulheres que terá um papel pioneiro no Catar.
Na Copa eles são 129. Especialistas em ordenar, repreender. Em campo, ninguém espera ver um sorriso deles e muito menos um sorriso delas.
Em 92 anos de história é a primeira vez que mulheres vão apitar partidas dos homens em uma Copa do Mundo. São seis escolhidas, entre elas a brasileira Neuza Back.
Para comandar o jogo de abertura, domingo (20), foi escolhido um homem, o italiano Danielle Orsatto. Se não é fácil quebrar barreiras, é mais difícil ainda em uma função que raramente agrada a todos.
A tecnologia trouxe decisões mais justas, trouxe também para dentro de campo a lentidão da Justiça. Segundo a Fifa, o VAR leva em média 1 minuto e 10 segundos para solucionar dúvidas de impedimento. Demoras de quatro, até cinco minutos viraram rotina no futebol.
A Fifa anunciou que na Copa essa espera angustiante vai acabar. Daqui a dois dias a cadeira vai ser ocupada pelo árbitro de vídeo do jogo de abertura da Copa. Além de tudo que o VAR tem à disposição, dessa vez a tecnologia vai dar um passo à frente.
O sistema semiautomático de detecção de impedimento promete decidir rapidamente. Em poucos segundos, identifica o momento exato do lançamento e determina milimetricamente a posição dos jogadores em campo. As linhas, que demoravam para serem traçadas, surgem com um clique.
A bola agora carrega no centro da esfera um sensor. Ele está conectado a 12 câmeras instaladas no teto de cada um dos oito estádios do Catar.
Essas câmeras são programadas para rastrear 29 pontos diferentes do corpo de cada jogador. A interferência humana na avaliação do lance é praticamente só uma confirmação oficial do que a máquina está dizendo.
Com a nova tecnologia, a sala do VAR ganha dois novos integrantes. Agora são sete pessoas analisando os lances do jogo na tela. Na dúvida, é correr para pedir socorro.
O velho apito vai acabar virando peça de museu.