Nesta quarta-feira (7), a Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu nove mandados de busca e apreensão nas casas de investigados por desvio de verbas na área da Saúde. Foi a 2ª fase da Operação Cisvalegran, que vista reprimir o manejo ilegal de recursos públicos e a prática de lavagem de dinheiro. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Uberaba, Ribeirão Preto, Delta e Guaíra.
A operação teve início em 13 de maio, quando cinco mandados de busca e apreensão foram executados nas cidades de Uberaba e Ribeirão Preto. À época, quase uma dezena de médicos eram investigados a respeito do desvio de recursos da área da Saúde. A verba em questão teria sido repassada pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisvalegran) a uma clínica oftalmológica em Ribeirão Preto para pagar procedimentos que não foram executados ou mesmo para cobrir atendimentos realizados a pacientes de cidades que não fazem parte da região.
Segundo o comunicado da PCMG, os investigados beneficiavam ilicitamente empresas em processos licitatórios, mediante a obtenção de vantagens indevidas. Em um dos contratos, os envolvidos modificaram cláusulas de forma irregular, em total dissonância com o processo, para favorecer a subcontratação de outro hospital, que não poderia participar do certame à epoca.
Pela apuração, dois médicos moradores em Uberaba se beneficiaram ilicitamente do recebimento de recursos públicos do Cisvalegran.
Assim, foi deferida a busca e apreensão domiciliar na casa dos investigados com endereços em Uberaba, Delta, Guaíra e Ribeirão Preto, além do afastamento dos sigilos bancários e fiscais deles. As medidas foram representadas pela 1ª Vara Criminal de Uberaba.
Foi deferido, ainda, o recolhimento de R$ 625 mil e medida cautelar diversa em desfavor da investigada M.O.C. Ela está proibida de exercer, no meio privado, qualquer atividade econômica ligada ao Cisvalegran ou a qualquer ente da administração pública por 12 meses.