Homem de 46 anos foi encontrado morto em sua residência, na cidade de Veríssimo, a cerca de 48km de Uberaba, na noite de domingo (6). As circunstâncias da morte ainda estão sendo investigadas pelas autoridades policiais, mas há indícios de que tenha sido por desacordo comercial pela compra e venda de um aparelho celular. O homem foi esfaqueado sete vezes e não há sinais de luta corporal. Três homens foram presos em flagrante.  

Segundo o registro da ocorrência, testemunha acionou o 190 dando conta de possível óbito em residência na região central de Veríssimo. Guarnição policial se deslocou até o endereço repassado, encontrou uma mulher que se identificou como companheira da vítima. Ela relatou aos policiais que havia saído de um baile na cidade e, ao chegar na casa, notou que a porta estava trancada, o que não era habitual, e o rádio estava ligado. 

A mulher ainda disse que o companheiro não respondia aos seus chamados e, por isso, decidiu forçar a porta da cozinha. Foi quando se deparou com o homem aparentemente morto, com um ferimento no pescoço e outros pelo corpo. Imediatamente, ela chamou sua mãe, que acionou a polícia. Ainda de acordo com o registro policial, o homem estava na cama, sem vida, com um corte no pescoço e lesões pelo corpo. Inicialmente, não foram encontrados indícios de luta corporal no local. Parentes presentes no local informaram que a vítima não fazia uso de drogas, apenas consumia bebidas alcoólicas. A mulher disse, ainda, que o companheiro não tinha histórico de violência doméstica e desconhecia informações sobre possíveis desavenças que pudessem motivar o crime. 

A irmã da vítima disse aos militares que quando o homem consumia bebidas alcoólicas ele deitava e ficava em sono profundo, tendo por hábito deixar a casa toda aberta e com as luzes acessas. A sogra dele revelou que, ao chegar no local, encontrou a casa toda trancada, inclusive a chave da porta que ficava escondida do lado de fora não estava no local.  

A filha da vítima ainda revelou aos policiais que viu o pai pela última vez na noite anterior, em um bar, acompanhado por um homem alto e moreno. Com base nesta informação, os policiais se deslocaram até o referido bar. O proprietário confirmou a presença da vítima lá e afirmou que deixou o local acompanhado por três homens. Diante da informação, os policiais iniciaram buscas pelos suspeitos. O primeiro deles, de 32 anos, confirmou sua presença no bar com a vítima, mas negou ter ido até a casa do homem. Sem ser questionado, ele falou sobre um aparelho celular que teria negociado com a vítima, mas acabou entrando em contradição em sua fala, apontando outro suspeito, de 29 anos, como dono do aparelho. 

Outro suspeito, de 36 anos, também foi localizado pelos policiais. Ele confimou a presença no bar para a negociação de um celular, mas disse desconhecer a procedência do aparelho. Segundo ele, o valor pactuado para a venda era de R$ 200. O homem ainda disse aos policiais que, uma vez acertado o valor, se deslocaram até a casa da vítima par finalizar a negociação. Contudo, ao chegar lá, foram pagos R$ 150. Dois dos suspeitos, de xx e xx anos, foram embora, deixando apenas o terceiro, de xx anos, com a vítima. Ele conta que consumiram bebida alcoólica e, quando ele decidiu ir embora, a vítima decidiu fechar toda a casa e apagar as luzes. 

Os policiais relataram a versão apresentada pelo suspeito a um dos comparsas, que havia negado ter ido à casa da vítima. Ele acabou confessando ter ido ao local e participado da negociação do celular, mas negou ter atentado contra a vida do homem.  Na residência do outro suspeito, que confirmou a versão apresentada pelo primeiro, dizendo que ficou com parte do valor negociado e que o restante seria recebido pelo suspeito que ficou no imóvel com a vítima.  De acordo com a irmã da vítima, ele guardava R$ 500, mas esse valor não foi encontrado na residência. 

A perícia técnica compareceu ao local dos fatos para os trabalhos de praxe. Foram identificadas sete perfurações na vítima, provavelmente provenientes de instrumento perfurocortante, sendo uma do lado esquerdo do pescoço, uma em cada ombro, uma próxima À clávicula direita e três no peito direito. Ainda segundo a perícia técnica, o crime ocorreu entre 2h e 4h da madrugada de domingo (6). Não há sinais de luta corporal. Imagens de câmeras de segurança mostram um dos suspeitos caminhando próximo à casa da vítima às 2h30 da madrugada e, depois, por volta de 3h, no sentido contrário, com um aparelho celular na mão e um instrumento de lâmina na outra mão. Nas imagens, ele aparece esfregando esse objeto na camisa e na calça. 

Em posse das imagens, policiais retornaram à residência do suspeito e conversaram com seu irmão, que confirmou que ele usou as roupas citadas. Diante disso, o suspeito recebeu voz de prisão e revelou ter arremessado a faca sobre o muro de uma casa em construção e que o aparelho celular estaria escondido no colchão da cama. O aparelho foi localizado e apreendido e a faca também.  Os outros dois suspeitos também foram presos em flagrante, devido ao fato de estarem presentes na cena do crime durante o horário em que ele supostamente ocorreu. O trio foi conduzido à presença do delegado de plantão para os devidos esclarecimentos.